Sonetos : 

Soneto do absurdo

 
só os meus sentimentos me acompanham neste imenso infinito onde me encontro com meus próprios escolhos agarrado longe minh’alma longe o porto amado eu penso e me debato procurando qual o rumo seguir e a qual caminho levam-me ventos levam-me as marés sem que possa encontrar resposta alguma e quanto mais pergunto e me questiono mais me convenço não haver resposta capaz de contemplar a essência humana contemplo minha imagem e concluo que sou apenas eu minha saudade e este imenso desejo de encontrar-me paulo monteiro soneto do absurdo

OBSERVAÇÕES DO AUTOR:
O SONETO ACIMA ACABOU SENDO PUBLICADO EM WORLD ART FRIENDS COM A PRIMEIRA LETRA EM MAIÚSCULA. ACREDITO QUE NUM PROCESSO NORMAL DO CORRETOR AUTOMÁTICO INTALADO NO COMPUTADOR. EM LUSO POEMAS ESTÁ COM A INICIAL MINÚSCULA, CONFORME MINHA INTENÇÃO.
EM WORLD ART FRIENDS O SONETO FOI PUBLICADO COM UM TÍTULO “SÓ OS MEUS SONHOS”, QUANDO A PALAVRA SONHOS NÃO APARECE NO TEXTO. A PALAVRA QUE APARECE É SENTIMENTOS. SONHOS E SENTIMENTOS SÃO PALAVRAS DE SENTIDOS COMPLETAMENTE DIFERENTES.
O TÍTULO VEM AO FINAL DO SONETO, DEPOIS DO NOME DO AUTOR E É “SONETO DO ABSUSRDO”. FORMA UM ESTRAMBOTO, COMO ERA EMPREGADO PELOS CLÁSSICOS.
COMO POETA, DEIXO DE COMENTAR O SENTIDO QUE (PARA MIM) O SONETO POSSUI.
AO ESCREVÊ-LO SEM PANTUAÇÃO, SEM DIVISÃO EM VERSOS, SEM MAIÚSCULAS, MEU OBJETIVO É FAZER COM QUE CADA LEITOR CRIE SUA PRÓPRIA VERSÃO DO SONETO – SEU PRÓPRIO SONETO. COM ISSO, O LEITOR PASSA, TAMBÉM, A SER AUTOR.
QUEM LER MEUS TEXTOS (EM PROSA OU VERSO) ESCRITOS DE MANEIRA TRADICIONAL, COM PANTUAÇÃO, VERÁ QUE ATÉ ABUSO DA PONTUAÇÃO.
LEITOR DOS CLÁSSICOS, DESDE PEQUENO, APRENDI COM ELES QUE A FINDALIDADE DA PONTUAÇÃO É TRANSMITIR A IDEIA DE ORALIDADE DO AUTOR, ORALIDADE QUE SE EXPRESSA ATRAVÉS DA LEITURA. AO ABOLIR A PONTUAÇÃO – E MAIÚSCULAS – NO POEMA, O QUE O POETA CONSEGUE – OU TENTA CONSEGUIR – É QUE CADA LEITOR SE TORNE AUTOR.
APRESENTO A SEGUIR DUAS “LEITURAS” DIFERENTES DO SONETO. ACREDITO QUE DEVAM SER MUITAS, DEPENDENDO DA PONTUAÇÃO QUE CADA LEITOR COLOCAR.


Soneto do Absurdo

Paulo Monteiro

Só os meus sentimentos me acompanham
neste imenso infinito onde me encontro
com meus próprios escolhos agarrado,
longe minh’alma, longe o porto amado.

Eu penso e me debato procurando
qual o rumo seguir e a qual caminho
levam-me ventos levam-me as marés,
sem que possa encontrar resposta alguma.

E quanto mais pergunto e me questiono
mais me convenço não haver resposta
capaz de contemplar a essência humana.

Contemplo minha imagem e concluo
que sou apenas eu, minha saudade,
e este imenso desejo de encontrar-me.


Soneto do absurdo

Paulo Monteiro

Só. Os meus sentimentos me acompanham
neste imenso infinito onde me encontro.
Com meus próprios escolhos agarrado,
longe minh’alma, longe o porto amado.

Eu penso e me debato procurando
qual o rumo seguir e a qual caminho
levam-me ventos, levam-me as marés,
sem que possa encontrar resposta alguma.

E quanto mais pergunto e me questiono,
mais me convenço não haver resposta
capaz de contemplar a essência humana.

Contemplo minha imagem e concluo
que sou apenas eu, minha saudade,
e este imenso desejo de encontrar-me.


poeta brasileiro da geração do mimeógrafo pertence a diversas entidades culturais do brasil e do exterior estudioso de história é autor de centenas de artigos e ensaios sobre temas culturais literários e históricos

 
Autor
PAULOMONTEIRO
 
Texto
Data
Leituras
1159
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.