Depois que eu morrer
Depois que morrer pouco me importa
A forma que eu venha a ser sepultado
Pois depois que a carne estiver morta
Tanto faz apodrecer ou ser cremado
Se acaso me jogarem numa capoeira
Acho que nenhum urubu vai aparecer
Porque quem não fede e nem cheira
Por certo nenhum abutre há de comer
Espero que não chorem no meu velório
Se quiseram pode até soltar foguetório
Não precisa colocar rua em meu nome
Se for ao céu duas coisas eu vou pedir
Que nenhuma criança possa delinqüir
E nenhum ser humano aqui passe fome.
jmd/Maringá, 26.11.09
verde
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