Eco de natal
Num sonho, de que não quero acordar,
Extasiado, por julgá-lo bem real,
Senti na alma que o mundo estava a amar,
Tomando à letra o espírito de Natal,
E dava ao homem o sentido fraternal.
Nascia, bem cuidado outro universo,
Abandeirado! Milhentos pavilhões!
Talismã de um novo manifesto).
Alegrava-se e bendizia as multidões,
Levantando o respeito das nações.
Demonstrando que nascemos para amar,
Extirpava a ideia de matar.
Excluem-se as guerras, a tirania,
Sobressai a paz, o direito igual,
Primavera sempre! Sem xenofobia.
Erradica-se o vício, o conceito do mal,
Reina a humildade, eco de Natal.
Andam de mãos dadas o velho e o novo,
Nega-se a pobreza, a vaidade, a ira,
Calam-se as bocarras, antro da mentira,
Aviva-se o amor, eleva-se o povo.