E a terra é um deserto de carvão
os anjos aprisionados de asas cotós fumegadas
perambulam banhando as espadas no sangue
dos garotos que cultuam a lobotomia
do amor eletrônico
O sol negro vomita
noite profunda cuja ventania
é uma navalha de fogo espiritual
As casas murcham sem o sexo infiel
convocando os querubins usuários
da decadência parar atearem
um círculo de fogo no ritual
em que a mulher vende a alma
por uma colher de porra
Nas tocas dos vampiros
o travesti da mulher da mulher amada
dá o cu ao cadáver da Beleza
estoporando os sonhos idiotas da mal amadas
Esta não é a terra da piedade
quando a Pedofilia e o Martírio
deixaram de ser impostas?
Quando o Racismo e a Frustração
não deram lucro?
Das asas do dragão devorado pela
fome desmoralizante dos anjos pedérios
eu arranco o osso que serve de arma,
estou pronto!
que venha a mulher
como o centauro coroado das tiranias eleitorais,
do grelo desvairado encerro a medusa definitiva
pela degola do sonho de serpente,
cujo veneno é uma libélula decimal
e as estrelas acendem dedilhadas na harpa
de um anjo todo de ouro e de amor
[size=medium]Eriko y Alvym[/size]