Poemas : 

SOL NEGRO

 
Tags:  amor    mulher    sangue    espadas  
 
E a terra é um deserto de carvão
os anjos aprisionados de asas cotós fumegadas
perambulam banhando as espadas no sangue
dos garotos que cultuam a lobotomia
do amor eletrônico

O sol negro vomita
noite profunda cuja ventania
é uma navalha de fogo espiritual

As casas murcham sem o sexo infiel
convocando os querubins usuários
da decadência parar atearem
um círculo de fogo no ritual
em que a mulher vende a alma
por uma colher de porra

Nas tocas dos vampiros
o travesti da mulher da mulher amada
dá o cu ao cadáver da Beleza
estoporando os sonhos idiotas da mal amadas

Esta não é a terra da piedade
quando a Pedofilia e o Martírio
deixaram de ser impostas?
Quando o Racismo e a Frustração
não deram lucro?

Das asas do dragão devorado pela
fome desmoralizante dos anjos pedérios
eu arranco o osso que serve de arma,
estou pronto!
que venha a mulher
como o centauro coroado das tiranias eleitorais,
do grelo desvairado encerro a medusa definitiva
pela degola do sonho de serpente,
cujo veneno é uma libélula decimal
e as estrelas acendem dedilhadas na harpa
de um anjo todo de ouro e de amor


[size=medium]Eriko y Alvym[/size]

 
Autor
ERIKO ALVYM
 
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