Subi a pé,
desde lá, da velha escola, até casa,
relembrando passos de outros dias,
quando divagava e me perdia
tranquilamente, enquanto caminhava,
sobre estas mesmas pedras,
os passos protegidos da minha infância.
A subida, que um dia foi enorme,
acolheu-me suavemente,
questionando memórias
de implacáveis tardes de verão,
com cheiros de asfalto quente
e água morna num chafariz sem sombra,
que já ninguém usava...
Hoje, caminhando devagar,
divago mais ainda,
novamente abstraído,
deixando as velhas pedras
encaminharem os meus passos,
como sempre fiz.
Como sempre fizeram.
Como sempre faço...
Itapecerica,Minas Gerais, Brasil / Junho 2006