Boa noite, poeta!
Olhei para o firmamento
E vi que nesse momento
Era a Lua que me dizia,
Boa noite, poeta.!
Olhei em meu redor
E não havia mais ninguém
Àquela hora na minha rua
Era só eu e a Lua.
Mas eu não sou poeta
Escrevo uns versositos
Por vezes bem esquisitos
Falo de tudo e de nada
E se eu fosse poeta
Serias tu a minha amada..
Bom, bom, são horas... é tarde
Até amanhã poeta!
E a Lua desapareceu.
O Sol começou a mostrar
Os seus raios luminosos.
Bom dia poeta!
Voltei a olhar em meu redor
E só eu estava presente
Salvo uma sombra
Que estava na minha rua,
Logo ali à minha frente.
Não sou Poeta, astro-rei
Apenas escrever eu sei.
Mas vou-te perguntar
Porquê na minha rua
Há todos os dias uma sombra?
É sempre assim me disse o Sol
Nem sempre o Sol, meu amigo
Aquece todas as ruas
Há pobres almas que ficam nuas
Do calor a quem não o dou
Nasci para aquecer toda a gente
Mas na verdade, não sou coerente!
A. da fonseca