Eu não estou esquecido
Dos beijos perdidos
Que jamais foram dados.
A caricia das palavras
Nessas madrugadas
Ditas abraçados.
Deixa esse deserto
Tão longe ou tão perto
Onde te perdeste.
Fixa a Estrela Polar
Volta ao nosso lar
Onde sempre viveste.
O teu travesseiro
É o meu Mosteiro
Onde me refugío.
Nele sinto o perfume
E o gosto do ciume
De um coração vádio.
Vem recuar no tempo
E recordar os momentos
Em que o amor era Rei
Vem preencher o vazio
Nossa cama tem frio
E o meu corpo também.
Irresistivelmente
Perdido de amor
Por ti tudo troco.
O meu corpo ciumento
Está a espera de ti
Pois por ti está louco.
Ele quer que a sua pele
Esteja bem colada à tua
Para sentir o teu calor.
Sentir também o suor
Correr entre os dois
Em espasmos de amor.
A. da fonseca