Sonetos : 

«« O poeta a meus olhos ( III ) ««

 
( Mágoa )

Miséria tosca

Ai gente, em teu delírio me amas e matas
Sou popular ando de boca em boca
Anedota burlesca de miséria fosca
Cruz que carrego, remoinho que me tragas

Meu povo rude, pensando que me afagas
Em chalaças que proliferam como moscas
Recordas-me em linhas perdidas e toscas
Tanto me cantas, tanto te ris, e disparatas

Mais de dois séculos carrego esta sina
Já é tempo de me olhares com novos olhos
Procura-me, no soneto que encanta na rima

Onde desfolhei meus sonhos em molhos
Atados com uma fita de seda leve e fina
Engalanei-os de cor rubra e soltos folhos.

Antónia RuivoOpen in new window


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
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Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 22/11/2009 00:51  Atualizado: 22/11/2009 00:51
 Re: «« O poeta a meus olhos ( III ) ««
Devo dizer-lhe que aprecio teus textos a muito tempo, somente agora arrisquei-me a entrar no site e deixar aqui alguns escritos, nada tão belo quanto os teus. Parabéns, sou fã.

Enviado por Tópico
mim
Publicado: 22/11/2009 00:57  Atualizado: 22/11/2009 00:59
Colaborador
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 Re: «« O poeta a meus olhos ( III ) ««
Desta fã do Ribatejo...que desapareçam as moscas que vão sempre poisar na mesma... Pergunta ao Bocage rsrs
Saudades!!

Beijocas

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 22/11/2009 12:21  Atualizado: 22/11/2009 12:21
 Re: «« O poeta a meus olhos ( III ) ««
Olá Antónia Ruivo, linda e bela Alentejana onde a poesia se espraia pelas searas de outros tempos e ventos.

Venho saudar a beleza dos sonetos
os mimos de palavras que a alma sente
a tua poesia feminina doces momentos
que no meu ser exultam minha mente

Um beijinho de amizade