Por amor aos olhos teus, esse coração que a existência consome,
deixa-te versos mesmo depois de passada a doce primavera.
Troco a lágrima pelo riso e sigo a dizer eternamente teu nome,
junto a essa lira de amores que minha alma de venturas te espera.
Deixa-me dizer-te amor, dessas noites que no leito já deparo,
debruçada aos teus pés irei velar teu sono calmo e singelo.
E mesmo que seja o mundo nessa hora um desamparo,
dou-te de toda fé que tenho e do amor que é nosso elo.
Meus incógnitos desejos deixam as horas estéreis no infinito.
Não há em mim delírio maior que ver-te acordar com um sorriso.
E se nada mais hei de dizer a outros o que eu sinto,
Direi somente a ti, que ganhei asas e no chão eu já nem piso.
Tu és o colibri que repousa no frouxo véu de tarde desfolhado.
Tu és dono de todos os versos meus somente a ti escritos.
E mesmo que um resvalo de lágrima tenha a tua face apoderado,
irei fazê-lo crer que essas, já não possuirão teus olhos tão bonitos.
Nesses versos um beijo de alma suspirosa eu lhe trago,
Para que tu saibas que o sol ainda brilha no caminho.
Irei dizer-te que és meu céu e eu sou teu manso lago,
e dou-te a mão pra que tu saibas que jamais seguirás sozinho.
Jey
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