( Existo )
Eu, Manuel Maria du Bocage
Manuel Maria, pelos amigos chamado
O Bocage, como o povo me sonhava
Escrevi meus versos, dor que anunciava
Lembrança viva de poeta, tresloucado
Triste sina, de era em era recordado
Na anedota e chalaça que me cantava
Obra encoberta, pi-léria que matava
O poeta nobre do soneto aprimorado
Manuel Maria du Bocage, sim senhor
Filho segundo de um pai que era juiz
Boémio errante, escrevi meus versos em suor
Envolto em sofrimento, deveras infeliz
Eu poeta, eternizei-me em trovas com clamor
Versos revoltos, de quem não foi, na vida aprendiz
Antónia Ruivo
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...