O sonho veio e me contou,
Uma história maravilhosa,
De um pirilampo que alcançou,
A brilhante luz mais formosa.
É algo que sempre guia
O pequeno ser vivo no escuro.
É a luz com a sua magia,
Que mantém o pirilampo seguro.
Entre o brilho estes se abraçam,
Múltiplos seres em um só,
Com o próprio sol se misturam,
E o escuro não passa de pó.
A luz um dia se apagou,
E o pirilampo perdeu o caminho,
Até que então adaptou,
A luzinha no seu rabinho.
Desde então o acompanha,
Guardando-o no brilho constante,
Aconchegado na estranha
Mais bela luz cintilante.
Brilho que atrai e que aquece,
Que desperta atenção e distrai,
Luz gentil que sempre amortece
Toda a vez que o pirilampo cai.
Cura seu companheiro ferido,
Com um sopro de brilho puro.
Seu frágil parceiro querido,
Que encontrara perdido no escuro.
Após bom tempo iluminado,
Acorda o pirilampo espantado,
Pensando se estaria acordado,
Pois a luz o tinha deixado.
Mas como o sol já dancava,
Entregou-se à distração,
Enquanto a luz procurava,
Raios de sonhos de paixão.
O sol segue o seu caminho,
A luz ainda em seu mundo,
E o pirilampo distraído sozinho,
Aguardando um brilhante segundo.
É então que finalmente,
O sol parte pro seu soninho,
A luz volta de repente,
E enche o pirilampo de carinho.
A lua cumprimenta o amor
Que envolve ambos os seres,
E estes se infiltram no calor,
De mais uma noite de prazeres.
Renasce sempre algo bom,
A cada manhã orvalhosa,
A luz dá a cor e o tom,
Faz a vida maravilhosa.
E apesar de nem sempre completo,
O pirilampo é entendedor,
Tenta ser sempre discreto,
Ao falar à luz de amor.
O sol como fonte do brilho,
Intromete-se ciumento,
E tenta explicar ao pirilampo,
Que a luz pertence ao firmamento.
Então em mais uma viagem,
Pelos campos brilhantes do dia,
A luz ganha grande coragem,
E questiona o sol porque vivia.
O imperador cintilante,
Atreveu-se a afirmar,
Que um pirilampo andante,
Era a razão da luz brilhar.
Após a parceria aceitar,
O sol chama a lua calmamente,
Resta-nos uma luzinha a brilhar
E um pirilampo sorridente.
Seguem-se noites longas ao luar,
Pontuando o negro céu despido,
Com o rasto duma luz a brilhar,
Agarrada ao seu pirilampo querido.
Vêm mais dias para explorar,
O mundo que se desenvolve,
E o pirilampo vai sempre esperar,
Pela luz que tudo resolve,
Pelo brilho que o envolve,
Pela luzinha que ama amar.
"Even though i walk through the valley of the shadow of death, i will fear no evil..."
Dedicado à minha Luzinha :D