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Margarete | Publicado: 20/11/2009 20:43 Atualizado: 20/11/2009 20:43 |
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MEMÓRIA SITIADA ao arfemo
so alto da minha ingenuidade acredito que as memórias se transformam, acredito que se a imaginação quiser transforma o medo em coragem. mas isso sou eu que ainda acredito na transformação das memórias...
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Alexis | Publicado: 20/11/2009 21:07 Atualizado: 20/11/2009 21:07 |
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Re: MEMÓRIA SITIADA para afermo
pareces descrever aqui (com arte) um tipo de personalidade que me é familiar.há pessoas que processam toda a informação/emoção do presente,ou qualquer expectativa do futuro, em tédio ou algo deprimente,ou até mesmo condenável.mesmo as coisas positivas do agora são logo transformadas em coisas negativas ou apenas memórias que imediatamente ficarão disponíveis para que se lamentem amanhã.esse tipo de pessoa adora lamentar-se,vitimizar-se,numa espécie de prazer masoquista.talvez procurem amor em forma de piedade,mas tudo o que alcançam é um profundo aborrecimento...
nada aborrecido é o teu poema.pareceu-me muito perspicaz e interessante.mas não sei se o meu olhar foi na mesma direcção do teu,quando o escreveste... beijo,poeta alex |
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Caopoeta | Publicado: 20/11/2009 21:35 Atualizado: 20/11/2009 21:35 |
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Re: MEMÓRIA SITIADA
caro arfemo,
tomei a ousadia de comentar este poema com uma minha reflexao sobre a memória decarne e osso fundida..espero que sejas receptivo: Memórias de um amnésico(XII) no meu interior sei que é mentira.a mentira do homem comum.o homem mortal.o homem feito de carne.o homem feito da pedra.do osso.depois da cinza.esse também.e o monstro.irei procriar o monstro.a constituição do homem comum.e faze-lo suar.para depois me desprender do seu choro.vou-me também,despedir das sombras.da embriaguez das mesmas.dos seus aromas e cheiros.desses outros seres.compreendo o que está para alem da minha vontade.recordar o porque recordo.deixarei o lacrimal para um depois.e a neve dentro do meu corpo.e a neve dentro do meu corpo.só caindo inanimado consigo o retorno.todas as viagens e todas a virgens.as sombras.a sepultura e o jardim.não desejo de alguma forma este talento.a capacidade de voar entre e dentro das sombras.a construção de outros cenários e a desconstrução do espaço e do tempo.minha inquietude é este lugar.agitado.lugar onde me alimento das sombras.porque as sombras sao o vazio.vazio de um nada que arde.porque o vazio sugere o amanhã.porque é da ausência que falo.tenho nauseas quando me alimento das sombras constituidas pelo arquitecto.ele também é pedra.a solidificação da agua.este corpo.esta sede do ainda.aglutinaram as carnes e sao ausências.meu espaço vazio.meu espaço comido pelo tempo.meu tempo comido pela ausência.não há mais nada neste quarto que arde.arde sozinho e com ele as sombras.os outros personagens de linho.assim, me despeço do morto.dos que ardem.dos ausentes.descalço-me desta capacidade de progredir no tempo.não há tempo no espaço ausente.não há espaço para o tempo. a pedra arde.o arquitecto sugado pelo fogo.uma porta existe agora.uma porta inventada do nada.da ausência.uma porta fechada mas não trancada.um espelho em frente da mesma.meu rosto.meu corpo aconchegado em si mesmo.espelho.e pensamento. é preciso viver para alem das coisas boas.é preciso vingar as coisas más e toma-las como boas. (fim) abraço. |
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VónyFerreira | Publicado: 20/11/2009 22:11 Atualizado: 20/11/2009 22:11 |
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Re: MEMÓRIA SITIADA
Da memória,
do vislumbre, da conclusão, aqui estará provavelmente a radiografia psicológica de alguns que vivem no inferno da inquietação. Um beijo, Arlindo Vóny Ferreira |
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(re)velata | Publicado: 20/11/2009 22:15 Atualizado: 20/11/2009 22:15 |
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Re: MEMÓRIA SITIADA
Gostei muito do poema e da sua definição de tédio. Bloqueio dos sentidos e talvezda mente também. Há dias assim.
Beijinho |
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Nanda | Publicado: 20/11/2009 23:00 Atualizado: 20/11/2009 23:00 |
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Re: MEMÓRIA SITIADA
Arfemo,
Quando tudo o que representa vida, alegria e juventude não passa de uma lembrança remota. Beijo Nanda |
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Ledalge | Publicado: 20/11/2009 23:17 Atualizado: 20/11/2009 23:17 |
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Re: MEMÓRIA SITIADA
Arfemo,
Um poema que desvendou os silêncios da tua alma. Parabéns! Um abraço Núria |
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miriade | Publicado: 20/11/2009 23:42 Atualizado: 20/11/2009 23:42 |
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Re: MEMÓRIA SITIADA
Quem dera o tédio deixasse de ser na vida e na memória ordinário e passasse a ser extraordinário e a alegria andasse na contramão desse sentimento.
Belo, profundo e reflexivo amigo poeta, parabéns Beijocarinho, Lu |
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Gyl | Publicado: 20/11/2009 23:59 Atualizado: 20/11/2009 23:59 |
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Re: MEMÓRIA SITIADA
Olá, amigo poeta! Gosto muito da maciez do teu canto. Seu "tédio" foi o nosso lazer de hoje. Abraços!
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ROMMA | Publicado: 23/11/2009 15:02 Atualizado: 23/11/2009 15:02 |
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Re: MEMÓRIA SITIADA
e feliz é todo aquele que consegue
"Inventar o Outono em cada dia!" lindoooooooooo :)) Beijinhos Romma |
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