Persistente, como esta árvore que vejo brotar do chão,
Sigo a minha luta por um mundo melhor, onde caibam
Todos sem distinções ou rótulos, que denigrem o pão
De cada dia, onde o labor é mostrado para que saibam
De sua honestidade e verticalidade, chão que deu uva
Pronta a ser colhida, no solstício de verão; primavera
Ausente, na decadência do clima temporizado, sem chuva
Que fizesse renascer das cinzas do inverno, quem pudera
Aqui ter a grainha mais cedo. Trabalhadores seguem ritual
De à décadas… suas mãos estão crispadas pelo orvalho…
Dia a dia, do nascer ao pôr do sol, seu rito é sempre igual:
Levar no bornal o que comer, no pouco tempo de descanso.
E assim pela calada da madrugada lá vão eles para o trabalho,
Esperando que, lá em baixo, o rio corra deveras mais manso.
Jorge Humberto
29/06/07