Ancestrais memórias.
Ao entardecer da vida
sento-me a uma velha mesa
o corpo cansado e dorido
curvado pelo peso dos dias
faz um derradeiro esforço
de renascer nas velhas
memorias.
Uma velha candeia acesa
ilumina meu rosto
afastando cuidadosamente
as sombras e os medos
dos fantasmas do passado.
Empreendo um longo dialogo
há muito desejado
com o meu pai
ambos damos as mãos
numa dádiva em
forma de perdão.
Ilumino meu ego com
essa luz ténue
que timidamente
mostra -me
as sombras do passado
Oiço ao longe
as vozes do Deuses
enraivecidos
que ecoam ate mim
através das colunas
que os protegem
Crêem-se poderosos
invencíveis
emparedados nas suas colunas
de soberba.
Não são estes sons que quero ouvir.
Do outro lado
oiço um violino
que toca uma sonata antiga
que me e familiar
São sons que me acalmam
as dores de um passado
e me fazem renascer para
um futuro
ainda desconhecido.
Dias em que me entrego
aos sonhos
e busco neles a sabedoria dos poetas
nas palavras que silenciosamente
antevejo na ponta dos dedos
e sinto ressuscitar neles
as palavras dos poetas.
Liberto enfim as amarras
que prendiam as palavras
na ponta dos meus dedos
procura nelas a força
impulsionadora que
me fez crescer
e encontro enfim
a serenidade das
ancestrais memórias.
Neste meu trabalho feito a alguns meses atraz,está tambem o meu amigo JLL.
Foi o unico que postei na altura,mas não podia deixar de o trazer aqui outra vez.
(José,peço descupa por não sublinhar os titulos )