Poemas : 

Novos Tempos, Novas Rugas

 


Nunca tive nada que tenho hoje,
Um rosto magro, cabelos brancos e poucos.
Peles enrugadas, pouca visão, vida cansada.
Pernas fracas, corpo sem força, olhar distante.

Nunca tive nada que tenho hoje,
Filhos crescidos, vizinhos desconhecidos.
Mãos que não trabalham, não fazem nada.
E na instante, livros antigos de folhas amareladas.

Se olho o passado, este espelho me joga pra frente,
E me vejo mais velho, em nova velha fotografia.
E aí, tenho um sorriso sem graça, nova magia.

Se olho o futuro, este espelho me leva pra terra.
E me sinto espírito, num mundo de silêncio.
Numa missa de sétimo dia, rezada por amigos,

E família.




José Veríssimo

 
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veríssimo
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/11/2009 00:02  Atualizado: 18/11/2009 00:02
 Re: Novos Tempos, Novas Rugas
Aplaudo esta sua belíssima reflexão poética, amigo Veríssimo.

Abraço