Bastou-me todos os entremeios.
Sigas agora e sigas inteiro.
A mim sobra a parte que não tocastes,
aquela que, insensível, nem olhastes.
Então nada deixes, nem tampouco leves.
Sabes bem o que tens e também o que deves...
Tires os meus olhos de dentro de ti,
e não me devolva, pois já não há espaço por aqui...
Te viras, jogues-os ao vento,
eu é que não me preocupo mais, nem ao menos tento.
As coisas que trouxestes não existem mais,
eram ilusórias e se dissolveram nas águas de outro cais...
Ah, devolvas por baixo da porta as nossas poesias,
e só assim saberei que é apenas mais um adeus,
como os de todos os dias.
Acima de todo céu chuvoso, nos espiam as estrelas mais brilhantes.Radiante