Poemas : 

No Adeus de Todos os Dias

 
No Adeus de Todos os Dias
 





Bastou-me todos os entremeios.

Sigas agora e sigas inteiro.

A mim sobra a parte que não tocastes,

aquela que, insensível, nem olhastes.

Então nada deixes, nem tampouco leves.

Sabes bem o que tens e também o que deves...


Tires os meus olhos de dentro de ti,

e não me devolva, pois já não há espaço por aqui...

Te viras, jogues-os ao vento,

eu é que não me preocupo mais, nem ao menos tento.

As coisas que trouxestes não existem mais,

eram ilusórias e se dissolveram nas águas de outro cais...


Ah, devolvas por baixo da porta as nossas poesias,

e só assim saberei que é apenas mais um adeus,
como os de todos os dias.



Acima de todo céu chuvoso, nos espiam as estrelas mais brilhantes.

Radiante
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Radiante
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