Sinto-me um saco de boxe, andar para trás e para a frente,
Andar para todos os lados sem saber onde parar,
Sinto as veias a consumir-me por dentro,
A raiva devora-me todos os dias um pouco mais,
A amargura é doce, o doce é sinal de amargo,
A dor é sobrevivência, numa vida em decadência,
O ódio é amor, o amor tornou-se desilusão,
A desilusão é frequente, o desejo transparente,
O mundo desapareceu, a vontade morreu,
A visão desvaneceu, um coração que morreu no céu.