Cale-me quando minha mente insana tentar ignorar a chama que nesta solidão inflama; quando os céus devolverem aos meus pés os passos que me trazem a esperança.
Cale-me quando a tua presença fizer da ausência o meu sonho delirante; quando tuas palavras saírem de tua garganta branda, santa e profana.
Cale-me quando teu olhar iluminar-me a pele assumindo em mim a sua derme fazendo-me suspirar em série; quando nos teus olhos enxergar o meu sorriso e fizermos dele o nosso abrigo.
Cale-me quando o teu toque arrepiar-me por inteiro e a maciez de tuas mãos fizer meu corpo te querer em desespero; quando perceber que me falta o chão e puder flutuar nesse anseio da pureza dessa louca paixão.
Cale-me quando o beijo puder devorar-me as palavras quando o teu sopro de vida puder inflar minha alma; quando absorver a essência e transformar em mim a doce e terna complacência.
Cale-me quando teu sopro for o meu fôlego quando meu toque te fizer reagir em dobro e quando nos teus braços... E em chamas... Puder ouvir dizer em verdade que ainda me amas.