Poemas : 

À janela de uma qualquer Marilyn - 2

 
2.



a noite é um relâmpago antigo
pleno de vinho e hidromel
que passa nas algibeiras
de quem as sombras cruza

mas o olhar vai longe
repousa agora no baton
provocante do neon

e célere desliza pelo rimel
procurando a explicação
para a suprema miopia
do amor

valha-nos a distância
como um sol que se deita sobre as mãos
e entre dedos escorrega
saboreando a própria morte


Xavier Zarco

 
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Xavier_Zarco
 
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Enviado por Tópico
HorrorisCausa
Publicado: 16/11/2009 20:39  Atualizado: 16/11/2009 20:39
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Mensagens: 3764
 Re: À janela de uma qualquer Marilyn - 2
se eu fosse loira diria que estava à janela, como não sou, espreito apesar da miopia.eheheh!...gostei desse teu ar de rebelde à janela de um Che Guevara qualquer.

beijo