Zorro e Pantera corriam pelo estábulo
Como se não só aquele sitio, mas também
Todo o mundo livre lhes pertencesse.
Zorro era um lindo cavalo árabe com
Uma mancha negra em cima dos olhos
Que lhe rendera esse nome.
Pantera era um égua negra e de puro
sangue, lustrosa, vaidosa e de uma beleza
Indomável como todas as fêmeas.
A pequena Scheila demonstrava ter tanto
Fôlego quanto esse garanhões ao chegar
Correndo da escola para apreciá-los
E montá-los a tarde toda pelas estâncias
Bucólicas e utópicas daquele arraial.
Ela tirava o saiote axadrezado, prendia
O cabelo vestia suas calças de jóquei e corria
Para o rancho onde aquelas duas "belezas"
Pareciam aguardá-la para mais uma tarde
De galopes e idílios no sarau daquela infância.
Mas ao chegar próxima à cerca, Scheila nota
Uma coisa diferente naqueles dois cavalos.
Uma coisa que ela desconhecia e nunca havia notado antes.
Scheila parou e viu que Zorro cheirava de uma forma diferente Pantera, que por sua vez
Lhe retribuía o cheiro numa relação mais íntima
E para aquela garotinha, fora do normal.
Zorro ficava cada vez mais agitado com a passível
Pantera que se entregava num prazer estranho e até então totalmente novo e curiosos para a Inocente Scheila.
A calda dos dois se eriçavam, suas cabeças balançavam e como não podia deixar de ser,
A excitação de Zorro vinha à tona.
Era o bastante para aquela menina pré-adolescente
E confusa, começar com suas mil perguntas
que com certeza faria para um adulto que estivesse próximo, e com suas mil curiosidades sobre si própria; começar a se explorar, cavalgando com suas mãos singelas, cavidades e partes do corpo que até então sua infância Indomável e tão viril quanto aqueles puros sangues, não conhecia.
Seus pensamentos também galopavam em sonhos estranhos e sensações esquizitas para aquela inocência.
Seus desejos pareciam não só terem aflorado,
Mas também tomado e "montado" em seu corpinho
Que corria e pulava de prazer com aquela cena.
Scheila era então apresentada a uma nova estrada
De sua vida!
De caminhos longos, estranhos, curiosos e saborosos.
Estrada essa, onde a fantasia lhe presenteava
Com unicórnios, príncipes e cavaleiros andantes.
Num galope incessante até chegar num arraial maravilhoso, o qual chamavam de "orgasmo".
Mas antes de chegar lá, sua tia Sandra a puxara pela orelha.
Seu galope naquele dia fora interrompido, mas com certeza a tropa hormonal antes encurralada naquelas calcinhas de jóquei, montariam e correriam de novo em algum momento.
E sendo puxada para dentro de casa, Scheilinha olhava para um pântano próximo dali.
E aquele pântano... o que mais lhe reservaria?!...
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