Submersa... vivo do teu ar... das memórias que não ouso violar e da desordem que não quis evitar. Rendo-me a convulsão de palavras alheias que exalam em lavas frementes a paixão exagerada e inconseqüente.
Eis- me aqui insólita... cercada do que ainda não sei viver... da ausência que por instantes espero e que na essência, por segundos, preciso absorver. Vencida pelas imposições do amor e quebrantada pelo encanto, prendo-me a conquistas ocultas; e quero... e dilacero a visão em você.
Concisa... revelo-te breve pelo ar que me falta as sensações desconhecidas que arfando suspirei sem me conter, que no silêncio me fez te querer.
Entregue condeno-me escrava fiel sem fel, enquanto viver... do teu imenso prazer e que a cada dia diminuto o temer.
Em fases... vivo a metamorfose humana... na consistência imortal dessa paixão ardente que súbita e incongruente faz-me abdicar do muito pelo tempo presente. Exonero as forças e comprometo-me a sensibilidade quase humana na conquista do que desejo... teu doce beijo.
Enfeitiçada pela natureza permito a lentidão dos dias... e permaneço no compasso inalterado do que jamais será esquecido, das lembranças que carrego e abrigo... das palavras confessas que te digo e dos sussurros sinceros que ainda espero ativando os meus sentidos.