O que somos nós senão poetas da nossa própria história, das nossas próprias vidas. Que me aguarde a posteridade, dela não fujo, com ela me comprometo a deixar um legado exato das minhas ações que não serão em vão, do meu amor, que foi o maior que pude.
Não permito- me vivê-lo tão intensamente se não puder algum dia que seja despejá-lo em corações camaradas. É preciso que em algum tempo que não este pelas consequências advindas, ele possa ser vivido como nunca antes, ele possa na realidade materializar-se no tão sonhado desejo de agora.
Não se pode desperdiçar um sentimento tão puro, um pouco torto talvez, mais grandioso. O amor nos ensina a dividir e a personificá-lo mais e mais e sempre mais.
Que se passem tempos e tempos e o meu amor perdure pela eternidade numa trajetória constante, alinhada ao querer e a obrigação de transpor a uma sociedade cheia de luxos e mentes incapazes de reconhecer a necessidade de palavras tão simples mais tão reluzentes.
Que esta atitude contagie a essência em cadeia, que seja pelo meu amor tão inconseqüente e que a distância não conseguiu destruir, ou pelo seu que fará surgir. Não aprisionem os meus instintos que são muitos, me deixo ser lida para que quando livre possa ser vivido.
Imploro a ética o perdão, afinal não escolhi amar assim, e a humanidade a expansão de um amor unilateral; talvez, que de tão imenso é que capaz de apossar-se de dois corpos sem impedir que se renove outra vez. ]