A tinta da china, retira peso ao que me silencia. Tapo-lhe a cara com os ante-braços, num jeito desgraçado que anina uma cópia de pudor ou decência. Copulo com a coerência.
Entre os riscos e os traços que remetem o significado para fora do desenho, tocando-o de palavras sumidas e de sentidos encrespados, vê-se pouca vivência e claro desdenho. Engravido a dormência.
Já morrem de dor, as feridas, doces e sofredoras queridas que, amiúde, se estendem no papel. Nasce o fruto.
Não creio que as linhas do preto contorno sejam terminais. Não creio que fechem o que quer que seja, pois em bom silêncio, não se remete a pele a uma cobertura que, contem e repele o exterior.
Obrigo-me à espera para ver o que vem.
Na longa delonga,
naquela demora por ora
de achega que não chega,
durmo,
deixo-me de prumo
e arrojo-me, horizontal, sem rumo
entre a verticalidade de uma seara
e o tombar de uma forma rara.
Não me resta mais do que um copo vazio
acabado de me lançar no desvario.
Define-se por destino, a base alcoólica, o estado destilado em alambique de metal ilusório. Réstia principal de devaneio por delírio que curado é cólica a resultar de sentimento inglório induzido por futuro alheio a secura pura e dura que encarquilha os lábios fechando toda a largura do sorriso... chora-se sempre a cura e, nem as normas ou os alfarrábios ajudam à seriedade do siso.
Credo é coisa fraca que se dobra com a falta de vontade, sempre que se cai no mesmo buraco... o mesmo mas, cada vez mais cavado. Enrolam-se as entranhas maltratadas, incham os estômagos mais esmurrados por ulcerações internas.
Fica tudo impresso à custa da tinta da china, que até nem é da China. Assim lá vou conseguindo alguma voz. Pouca mas perceptível.
Valdevinoxis
A boa convivência não é uma questão de tolerância.