Aqui há tempos li um artigo que falava sobre "Acreditar no amor verdadeiro" e que questionava forma de amar de Romeu e Julieta, Pedro e Inês, dois exemplos de amor para muitos, mas que no fundo é um amor cobarde, pois a "Romeu e Julieta o amor levou-os a desacreditar da própria vida e sem vida não existe amor..O de Pedro e Inês porque não tiveram coragem de o viver e sentir perante a sociedade"....Este artigo escrito por Eduardo Mesquita foi o artigo mais conciso e real que já li.
O artigo falava que "o amor não pode ser uma tragédia, não pode ser uma renúncia á própria vida, amar é viver intensamente e é no saber aproveitar esses momentos durante uma vida inteira que poderá fazer com que o amor se eternize"... e continua "O amor vive-se com bases no presente, com tudo o que se faz e nos rodeia "...este texto diz muito mais e me fez parar para pensar o quanto o Eduardo Mesquita está certo...só tenho pena de não ter tido oportunidade de o ler mais cedo...mas como acredito que para tudo há um tempo...li na altura certa, no momento exacto...
De facto amar não é renunciar á própria vida, não é lamento, angústia, sofrimento...o amor tem de ser vivido no presente...intensamente...mas com tranquilidade...amar é sentir que aquela pessoa é a mais importante da nossa vida, aquela que sentimos na nossa pele, aquela que está no nosso pensamento a todo o momento...
Quantos de nós já acreditamos que amamos e um dia alguém nos mostra o que é o Amor em toda a sua essência..
Quando eu senti o que era o amor, o que era o amar em toda a plenitude, confesso que não soube lidar da melhor forma, talvez tenha exigido demais, talvez porque amava com tanta intensidade e nunca tinha sentido esse sentimento dessa maneira..nunca ninguém antes me tinha feito querer VIVER, fazer dos meus sonhos uma realidade e mostrar que eu também tinha direito a ser feliz...sim, a minha forma de amar era tão intensa que exigi demais...o que é verdade é que este amor me fez crescer como pessoa, me mostrou que eu podia ser feliz na minha vida real, não no mundo de sonhos em que vivia...houve alturas em que me angustiei, fiquei sem entender certas situações, me fez ter dúvidas se eu me tinha enganado tanto com alguém, tive alturas que meu coração me doía tanto que me fazia chorar...
Parei para pensar que se amo desta forma tão intensa, tão verdadeira, se amo e acredito com todas as minhas forças, não tinha porque sentir isto, tinha que me sentir feliz, tranquila e principalmente viver cada momento com muita intensidade....e nesses momentos entregar-me completamente sem pensar no amanhã, porque nós vivemos no hoje, não no ontem, não no amanhã, mas sim no hoje, eu amei muito ontem, mas hoje amo muito mais e é hoje que quero viver este amor...
Acredito no amor vivido em "O diário da nossa paixão", em que eles sempre acreditaram no seu amor e viveram cada minuto acreditando nele...até á morte...acredito no amor vivido em "O Gladiador", em que Maximus perdeu o seu amor, mas mesmo com a perda ele continuou a acreditar e morreu acreditando que iria perpetuar o seu amor, porque a última visão que teve foi ir ao encontro da mulher que amava e do seu filho...acredito no Victor, personagem de "Em carne viva", ele amava aquela mulher e nem os anos e nem o facto de saber que ela tinha alguém o fez desacreditar do amor que sentia...
Eu também amo, vivo cada momento, sinto esses momentos, guardo-os e isso me dá tranquilidade e mesmo quando estou só, lembro-me de todas as expressões, de cada olhar, de cada gesto, de cada toque...Acredito no que sinto...amo...sei que vou amar enquanto houver hoje...
Por isso, sim..ACREDITO NO AMOR VERDADEIRO...
Marina Monteiro 14/11/09