Ar perene
Dum templo de sonhos renovado
Novas infrestruturas
Tudo nos trinques sem exagero.
Bem maneiro
Tento maneirar
Sem tanto maneirismo
Sou o condensar natural
Grafo translúcido em treze fractais
As grandes cordas dançantes nas fórmulas químicas de enteógenos e psicotrópicos
Nossa psiquê tropical
Tropicália psíca
Anormal semidemente abominável
Hordas de gafanhotos mutantes acabando com as agroindústrias do mundo
Chuvas de raios gama beta alfa zeta tétas e ademais
Terra mundo já unificada
Globalização espiritual verdadeira
O amor achou seu caminho
A vida sempre dá seu jeitinho.
Blogalização transcendantal
Troça escorrente pataco
Munheca rompida
Criança mimada
Choque analifático
Disfarces dispersos
Poesia em eixo radial
Vá de trem ao gueto se esbaldar.
Quer-se o samba e não vergonha
Quer-se a estafa o friquesfrique
Não a inanição não a impotência
Só sou o que sou
E isto às vezes me importuna mas só por eu ser tão vadio.
Ai somos tanto
Não te abandona solitário
Goza a sorte de tua noite
Trevas adentro faz júz ao dengo e à audácia de teus ancestrais
Ascendente
Fio da vida àrriba
Tece a teia e escala-a jovem sedução
Faz do sotaque da gíria a antemão
E não desesperes na fome de tua monotonia
Tão vasto é o mundo
Louco imbecil
Enclausurado
Veste-te e testemunha a vida que te alimente praga desleal
Vai de encontro ao ocaso em teu acaso
Acaso tão único cristalino infinitamente pesado.
E no buraco negro em descompasso
Me vejo correndo pro abraço
Quieto
Quero a dança
Quero o cassino os bordéis quero meu tupiniquim destroçado.