Eu tomo todo cuidado do mundo
Visitei os mares mais profundos
Vaguei a esmo entre vagas e absurdos
Enfrentei longas calmarias, ignorei seus sussuros
Entre nós e sob meus meus pés
Sob os olhos tenentes de Deus e tripulado de infiéis
Enfeitiçado pelo encanto do horizonte ao meu redor
Derivo solitário embarcado em medo e dor
Se não fosse tudo isso e ao revés
Estivesse desperto, em vigília, deitado ao chão do convés
Estivesse talvez bem orientado pelas constelações deste céu
Despedida de âncora recolhida ao próprio léu
Rumo a Praga
Todas as minhas obras são
registradas na Biblioteca Nacional
e protegidas pela Lei 9610 de 19/02/1998