Era em noites de escuridão
que a voz calada, me fala um nada
tão inquietante, num breve instante
suspira-me ao ouvido, fazendo-me cair na calçada.
Levanto-me desse chão imundo,
sujo de mim, de minhas entranhas,
corro e corro, envolvido pelo mundo
pesado em meus ombros, de todas pessoas estranhas.
O peso vai aumentando e sem aguentar
caiu de joelhos, a força desvanece
de mim, como se fosse uma mosca esmagada
pela força de algo maior, e que nos esquece.
Penso para dentro, e tento falar
gritar, encontrar força, mas tudo me calou
até a noite mais escura, me faz acreditar
num sonho que acordou.