A cidade em si
brilha por ai,
diz olá, e agora esqueci
como me disse.
Mas a cidade
canta e encanta,
a mais triste saudade
que atormenta até a santa.
A menina que debruçada
em janela, parece bela,
é ela, é ela, que num olhar de nada
me diz que sou alguém, nela.
Vela quente
que acende, em noite escura,
em que tira folga a lua, é diferente,
teimosa, é inútil, e de certeza dura.
Enfim, em mim
brilha a cidade,
ou brilhando o olhar de ti,
em mim, em saudade.