Olho que olha
cara que se desvia
fala que se cruza
corpo que se toca
Repara,
baixa a cara
simula o gesto
e espreita de novo.
Sorri
palavra cruzada
na verticalidade do tempo
Ao longe a ave pia
e há quem diga que canta
Logo se sente o calor
dos que já foram esquecidos.
Olhar que se cruza com olhar
desta vez sem corar
quase com raiva
com ganas de vingança
e não se desvia.
Enfrenta o real
e sorri...
Mas o riso cai
e como era de loiça
partiu na origem
Filinha
FILINHA
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