Já não posso calar os monges.
Já não posso ouvir o retalhar de palavras
que espicaçam a pobre lua…
Cala-te!
Já não posso sentir a tua voz a lamber-me a pele.
Já não posso ouvir o teu sorriso encostado ao meu peito.
Larga-me!
Larga-me a dor das tuas mãos que não me cantam.
Vai para longe dos meus sentidos para que não me queimes.
Deixa-me!
Embebeda-te para que esqueças o tom da minha pele,
a palidez dos meus desejos.
Já não posso respirar-te em segundos ofegantes.
Vai!
Não fiques!
Vai!
Não quero que me vejas a deitar o amor pelos olhos.
Não quero que me vejas a afogar nas saudades que sinto de ti.
(reeditado http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=58779)
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