Foste uma lição,
e fui obrigado a aprender,
fui obrigado a sentir,
e a desistir.
Sonhos escondidos,
que desfloraram corações,
e me fizeram fechar os olhos.
Deixei de ver,
deixer de pensar,
e mais tarde...
deixei de sentir.
O meu coração,
virou ditador de todas as minhas demandas,
ele era quem me comandava,
todas as minhas criações eram tuas,
toda a minha fortuna entregue aos deuses.
Nada escondia, nada prendía,
Abria todo o meu coração,
em esplendor,
não tinha medo de o quebrar,
não tinha medo de voar,
nem tinha medo de perder,
poder dogmático,
para mim era o amor.
Fui obrigado a aprender...
Fui obrigado a dizer Adeus,
fui obrigado a deixar de amar,
fui obrigado a repensar...
a pensar...
a repensar...
a deixar de sentir...
a amaldiçoar-te a tí, a mim e a nós,
e a todas as danças na noite,
em que os magos descansavam,
e o poder era nosso,
e agora...
Fui obrigado a aprender...
Fui obrigado a dizer Adeus,
fui obrigado a deixar de amar,
fui obrigado a repensar...
a pensar...
a repensar...
a deixar de sentir...
Existem noites onde o teu cheiro ainda me perfuma,
já não é ele a minha dança,
já não é ele quem me aquece e reaquece o coração,
ele já não me seduz, já não me reluz,
foste uma lição,
de amores e desamores eternamente não eternos,
de amores que queremos guardar o seu poder,
na mais bela caixa de jóias que tinhas no quarto,
e fui obrigado a dizer adeus...
fui obrigado a perder...
o poder que sentia, o poder que persentía,
o de ter um eterno amor,
que sería marcado como uma tatuagem,
numa pedra dum penhasco,
onde passado séculos,
criações de outras mentes,
lêssem...
e vissem a sua demanda recriada num passado,
que não era seu...e de sí falavam...
Fui obrigado a aprender...
Fui obrigado a dizer Adeus,
fui obrigado a deixar de amar,
fui obrigado a repensar...
a pensar...
a repensar...
a deixar de sentir...
Agora...
Aprendí a lição...
Continuo...
Na minha jornada...
Onde o amor aparece e reaparece...
e só peço...
para não ter de dizer...
Adeus.
Alexander the Poet