VOZ DO SILÊNCIO II
Cai em gota de esgotamento
O corte, ponte ofício da morte.
Dia e noite, isso vem a mim.
E abandona-me em maus sonhos
E dá-me a porta de partida.
Sou da idiota e igualmente sábia
Condição humana.
Ei-las, agora, as vozes do silêncio.
Meu espírito vive em noite obscura.
Seus fetos alojados em meus intestinos,
Coração, mente e genitais
Negros com Érebo - o alto da noite.
Entre o nascimento e a desaparição
O tempo do vazio e do caos:
Sanctus Templum
Agnos Tempori
Agios Cielo
Sacer ligare.
Escorre nas mãos
O sangue convocando ao suicídio
E o pensamento emitindo e atirando balas problemáticas.
Davys Sousa
(Caine)