Poemas : 

sobretudo

 
diante de rivais,
perdida em galáxias
cheias de magia e cor,

paraliso na sentença
que se faz ao abrigo...

choro cristais
que calçam falácias
de um caminho estupor

vejo corações passar
num único sentido..

(gargalhada metálica
de vida malhada
e histórias por desvendar..)

entendo?
raspo?
e sigo?

aqui onde o tempo pára
tudo é cego
tudo é mudo...

brindo em taças de veneno
matando o que vive em mim
surdo...

é a raiz de mim ao quadrado
o que vai resultando
sobretudo...

 
Autor
Freya
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Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 06/11/2009 21:25  Atualizado: 06/11/2009 21:25
Membro de honra
Usuário desde: 14/05/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: sobretudo
"brindo em taças de veneno
matando o que vive em mim
surdo..."

Freya, a tua poesia
é sobretudo...
filosófica
marcadamente filosófica
o que me atrai sobremaneira
já que sou uma apaixonada pela
filosofia, psicologia e afins...!
O que te dizer?
Belíssimo, Sem a mais pequena
dose de exagero.
Um beijo
Vóny Ferreira

Enviado por Tópico
arfemo
Publicado: 06/11/2009 22:18  Atualizado: 06/11/2009 22:18
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Usuário desde: 19/04/2009
Localidade:
Mensagens: 4812
 Re: sobretudo
... presença incerta, vou lendo um pouco ao acaso ou por referência. ainda bem, pois este poema não pode passar despercebido ou então "aqui o tempo pára/ tudo é cego/ tudo é mudo",,,gostei muito.

abraço
arfemo

Enviado por Tópico
Margarete
Publicado: 06/11/2009 22:52  Atualizado: 06/11/2009 22:52
Colaborador
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Localidade: braga.
Mensagens: 1199
 sobretudo à freya
sobretudo porque tudo ainda é incerto, ou perto, ou sobretudo porque sim, porque há pessoas com corações que apenas passam. mas a direcção tem sempre dois sentidos. o teu poema não é a racionalização de algo, penso, é a antecipação de outro algo que já tu conheces de cor.

sentido, sobretudo.