Fechar um ciclo,
enclausurar num círculo
qual circo emulado de vestais em chamas.
Em arena genésica, ser fera
enjaulada
domada
em flecha e arco,
no grito e no chicote,
à voz que te endeusa e te proclama.
Aferrolhar num círculo,
archotear de negro a alma
na conceptibilidade cinestésica do ventre
em agitação
na adrenalina pastosa da paixão.
Estancar a palavra que se solta,
que liberta, flutua em ti,
na procura assíncrona
do toque,
da tua mão,
em urgência, exaltação.
De um aporto, de um amparo
de raiz, à arvore despida de corpo.
Na tua pele,
na epiderme d’ostras acobertadas no vinil das águas.
Povoadas de ternuras e saudades.
As nossas tardes
a tua voz soprana aos meus ouvidos.
Soberana.
O explodir cósmico, um a um, e todos ao mesmo tempo,
dos sentidos, em sinfonias bernardas de vento.
Descomprimidos.
Agrilhoar o ciclo,
no desmiolo pálido do verbo,
no esvaziar côdeas misantropas por dentro.
Em mim. E nos ribeiros a escorrerem-se
lentos, ensanguentados de lama, em avenidas
e rotundas solares.
Fechar o círculo, cerrar a língua ávida de ti,
no encerramento crepuscular
das mandíbulas,
dos maxilares,
de bocas epitáfias,
tumulares.
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