Sou a prosa mais sublime ao nascer do dia,
Sou o acontecimento que te trás alegria,
São estas letras que te faz levantar a cabeça e sentes que já chaga,
Chega de perder tempo a ouvi-los a ladrar,
Sou como devo de ser e com isso ninguém pode evitar,
Sou eu quem tem a chave para abrires a porta que ainda te falta abrir,
Sou eu o passo que te falta dar para que possas sorrir,
Sou o Deus ao ser que mais amas nesta vida,
Sou a linha de erro que te faz duvidar, recusar,
Posso não ser o melhor exemplo, mas podes inspirar,
Sou o poema à luz da noite, que nunca mais esqueces,
Não só pelo amor que tenho, mas pelo amor que mereces,
Sou a maturidade que o arrependimento de ofereceu,
O que sentes é verdadeiro, sobre a humildade do coração,
A vida de palavras que te chama a atenção,
Trocava todos os comentários, por um só abraço honesto,
Sou metade da tua felicidade, guarda o resto,
Nem com lágrimas nas cara vou deixar de ter orgulho,
Sou o silêncio que te fecha a boca e fazes barulho,
Tenho o meu próprio empenho, de um sorriso infinito,
A protecção que preciso, está frente ao verso do meu rosto,
Preocupado em ser o que quis ser, não o que era suposto,
Sou o grito de raiva, num suave caminho que te envolve,
Sou eu quem confias, que o respeito te devolve,
O reflexo em frente ao espelho da imagem que me guia,
Sou a calçada cruzada que vês todo o dia,
Invejado por muitos, odiado por alguns,
Cobiçado por todos, influenciável por nenhuns,
Sou a moeda atirada ao ar, sou face e coroa,
Sou o horizonte que desejas e que te mágoa,
Tenho motivos para me admirar, orgulho no que sou,
Recuso de vós provar nos julgamentos que serão em vão,
Realizo o sonho da tua cunha, enquanto escrevo este refrão,
Todos os comentários são críticas sem fundamentos,
O desprezo que te entrega ao ocultador de sofrimentos,
A todos aqueles que observam á espera que me espalhe,
Que eu seda, que eu quebre, que desista, que eu falhe,
Serei uma eterna desilusão interna, à sombra da vossa volta,
O tempo que te escapou e nunca mais volta,
Noites acordadas à sofrer por quem nunca me amou,
As cartas feridas deixei que o tempo não apagou,
O meu sorriso salgado, que estas linhas me roubou,
À espera da promessa de amor eterno que não chegou,
Suspiro ao ouvido, a espera da vibração te acalmou,
A carta sobre a mesa que a vida ainda não acabou,
Sou a letra que adoras que a tua memória guardou,
Luz da esperança, que nunca te abandonou.