Poemas : 

Morte de mim

 
Este choro interno
Não se manifesta cá fora
Talvez por as consumir todas cá dentro.

Chega o dia
Em que dentro estou cansado
E o choro já exausto
Expressa-se num resquício
De água e cloreto de sódio.

Acho que choro com o corpo,
De noite, já avançada,
Quando a mente se envolve
Em sonhos amnésicos
E acordo encharcado
De um suor sem cheiro.

Eu não sou a expressão de mim.

Não me ponhas à vontade
Para dizer o que preciso.

É o início de mais uma frustração
Que eu não sei o que necessito.

Não vou bramir aos céus
Pela simples razão
Do som não se propagar no vácuo.

Não sou inócuo
A mim mesmo.

26/06/2007
 
Autor
Hugo Cabelo
 
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Enviado por Tópico
Ramgad
Publicado: 28/06/2007 11:07  Atualizado: 28/06/2007 11:08
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Usuário desde: 13/04/2007
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Mensagens: 930
 Re: Morte de mim
Sabe Hugo, as vezes lemos o que gostaríamos de dizer e o que estamos sentindo no momento, magia??? O poema é triste, mas belo, Parabéns!
Bay
Ramgad/Minnie Sevla