Queria tanto poder esquecer o que já sofri,
Olhar-te nos olhos e dizer que já não sinto nada por ti,
Mas, este sentimento a cada dia que passa,
Deixa-me ficar mais esmagado como massa,
Sonhei um dia em poder ter-te nos meus braços,
Mas, num só dia, tu perdeste todos os passos,
A minha teimosia, só nos fez ficar desta forma,
Ficamos distante um do outro, como um homem da sua reforma,
Só queria esclarecer contigo o que se passou,
Desejo a tua amizade, sabendo que nada mudou,
A cada dia que passa, o meu espírito desvanece por completo,
E o quadro que pintei com o meu suor ficou sem reflexo,
Um dia gostava de te voltar a abraçar e contigo continuar a falar,
Sem a tua amizade, o meu ego sonhador, perdeu o dom de sonhar,
Queria agradecer a amizade com que tornas-te minha amiga,
Falar contigo sem nenhum preconceito de inimiga,
Abraçar-te como era antes, sem compromisso,
Nem que para isso, tenha que ir a pé, ao Caniço,
Peço-te desculpa por te fazer sentir magoada,
Todo o que queria, era te fazer a minha amada,
Agora sei, que isso, foi um mero sonho meu,
Que tantas vezes pensei que podia também ser teu,
Mas visto que não me queres nem como amigo,
Nunca hei-de guardar nenhum rancor contigo,
Tento perceber como tudo isto começou e aconteceu,
Tentando chegar lá em cima, sem conseguir ver o céu,
Subi ao cimo do monte, para ganhar coragem,
Agora olho para trás, e vejo tudo isto guardado numa garagem,
Por ti, queria tanto sonhar e voar pelo mundo,
Nem que para isso tenha que escalar o buraco mais profundo,
Oferecer-te uma amizade mais valiosa que qualquer pedra de cristal,
Levando-te a passear no cais do Funchal,
Desejei adjectivar-te com vocabulários que não vêm no dicionário,
Mesmo que não compreendas e me chames de ordinário.
Mais textos
Rss do autor
Estatísticas
Enviar
Imprimir
Criar um pdf
