Máguar diz que é um tipo fixe entre o patachão e o fazqueande. Descreve-se a si próprio como almocreve que nunca o foi, embora não frustrado, e a sua religião é essencialmente ideologia, moral e política. Tem a noção de ser apóstata resiliente, por razões de fé, mas não anda à procura de um zepelim insuflado de flatulências leves que explicará a suspensão do planeta. Não consegue definir-se. Entre a esponja e o litoral da mesma? Talvez. Ou o talvez? Ou a esponja? Ou o litoral? A sua verbalização é errática como o diabo, mas não se lamenta. Orgulha-se de ter consciência destas pilhérias filosóficas. Se tivesse que aprofundar a matéria talvez se pronunciasse num discurso surrealizante, quiçá barroco, pedaços de um e de outro, com alguma cola de extracto de lágrima decantada ao sol e ao vento, num cadinho de mausoléu etiquetado em branco.