Enfrento a tempestade
Já que desta forma fui criado
De braços abertos
Às desventuras
Sombrias de uma existência
Medidas em intensidade
E não em segundos.
Já não sou mais aquele
Mudo todos os dias
Todos os momentos
Vivo para o mundo
Ainda que imperfeito
Sou o resultado
De espaços breves
Em um vazio eterno
Alcançado pela magia
Incessante aos nossos olhos
Fugazes por natureza
Minha construção
Não é sólida
Não é concreta
É feito do produto
Dos dias que se lançam
Perdidos
Em um ritmo incerto
Como pássaros
Que dançam no horizonte
E nos convidam a partilhar
De tudo do que foi, do que era.
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