Poemas : 

impressão

 
Acordei com uma sensação de claustrofobia, senti-me morto só de ouvir o coração bater num corpo estranho. Abri então os olhos e neles vi a História repetir-se, velhas batalhas travadas na planície humana neste simples traço, vejo eu agora o que não vi na altura, um primeiro nascer do sol capaz de escurecer a escuridão.
Mentes humanas trespassam o frágil vidro do cubículo em que estou sentado, um mar de flores lá fora, ar, cheiro e paladar, e eu aqui no sebo, na gordura social, estamos em sentido devido.
Compaixão? Não, um supérfluo compreender do que está para acontecer.
A capa envolve a miséria como um bébé chorão chora por atenção, um sinal vermelho encontrei eu, ao ver passar o dia impressão.


a minha mente foge sempre
mas quero fugir a ela antecipadamente..






 
Autor
SantosAlmeida
 
Texto
Data
Leituras
619
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
5 pontos
5
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 03/11/2009 21:55  Atualizado: 03/11/2009 21:55
Membro de honra
Usuário desde: 31/03/2008
Localidade: Braga
Mensagens: 8112
 Re: impressão
Bom texto. Não uma impressão. Beijo

Enviado por Tópico
Alexis
Publicado: 03/11/2009 22:10  Atualizado: 03/11/2009 22:10
Colaborador
Usuário desde: 29/10/2008
Localidade: guimarães
Mensagens: 7238
 Re: impressão para santosalmeida
quando te leio a sensação é a oposta à da clautrofobia.

Enviado por Tópico
Caopoeta
Publicado: 04/11/2009 17:57  Atualizado: 04/11/2009 17:59
Colaborador
Usuário desde: 12/07/2007
Localidade:
Mensagens: 1988
 Re: impressão
..campos de fenos
e as ruas vazias atentam a memória pesada do carregado e da pedra ílhava.espreitam ao céu uma convulsao, demora e humana.encontraste o quarto e nele estás encerrada.mordes a lingua e por isso o bébé chora.cora criança e chora que receberás desta boca um gesto eterno, terno.porque falas tambem do jardim ,sabes que sao flores artificiais que lá vivem.e o eflúvio social dá-te nauseas.tenho o presentimento que enganas a felicidade quando passo a mao pelos teus cabelos.sao leves as minhas maos ,os pensamentos ,esses sim, estao demasiado pesados.tal como o corpo que por aqui anda.enganadíssimo.é verdade
-limparam-te as gotas de àgua, a face.por onde anda agora o tempo ,no fundo da ferida que arde e se esconde.é noite, uma nesga mental assobia os carris do metro.levanta-te e caminha.
-e por hoje és tua.minha és, impressao claustrofóbica.