Poemas : 

POÉTICO

 
POÉTICO
(Davys Rodrigues de Sousa)

Fala Poeta! És palavra efêmera
Para se casar com a eternidade.
És a paragem da guerra.
E no seu grito, a alma encerra.
Vá, colha a centelha viva de cada poema, e espera.

A alma fere-se em constantes silêncios,
Delira, xinga o mundo e grita obscenidades à lírica efusiva,
Mórbida, chorando cheio de dor e esquecimento.

Fala Poeta!
Não foi apesar de sua morte
Às ideologias, que te fez toda sorte?
Cala-te, ouça-te falar o breve silêncio do forte
Que quebra a lei de Sócrates:
O silencioso!

Fala Poeta!
As palavras transitam em metamorfose.
Buscam de imediato e sob breve aviso,
As palavras - o enunciado: a morte!,
Afim de que ela liquefaça a mente
Ligada aos pensamentos: à sorte.

Fala Poeta!
Saudam-te as palavras.
Pois, és deus desde a criação da palavra,
E para ela nada impera eternamente:
Tudo vira cinzas e renasce.


Davys Sousa
(Caine)

 
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