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VOZ DO SILÊNCIO I

 
VOZ DO SILÊNCIO I
Davys Sousa(16/03/05)

Minha alma canta profundamente
Nas profundezas de seu habitar.

Demônios da sombra suscitam em mim
A necessidade a qual me grito, me dispo
Mar de luto, silêncio profundo.

O paraíso e o inferno uniram-se.
Onde se esconde o tesouro no fim do arco-íris?
Onde o mar toca a lua?
Onde se esconde um imortal e esta imortalidade?
As ninfas estão cantando...

Demônios das sombras banham minh' alma.
Caindo em gota de esgotamento
O corte, e vou para os jardins dos mortos.
Os instintos prevalecem, estuprando o inferno
De minha alma.

Desgastado
Bravo sol anuviando-se numa noite fria
E infinda, incapaz de virar o jogo.
Visões de ilusões se quebrando.

As brumas atravessam o paraíso e o fogo
Perecendo-me por uma falácia humana.
A ilusão é como um barco ideal
Perdido, afundando-se entre as linhas do tempo.

Mar de pétalas aveludadas de preto.
As ninfas estão me chamando.
Onde se esconde o tesouro no fim do arco-íris?
Onde está o chifre do unicórnio?
Onde está a bela donzela do lago?
O paraíso nunca tocou minha alma.
Os sonhos estão tão mortos.

Eu não me encontro no meu mundo.
Eu estou trabalhando com o tempo,
O dia e a noite.
Todos os sonhos foram
Todas as prímulas murcharam
O vento sopra para sempre na floresta noturna.
Silêncio notívago.
Mas o que acontece é que sou triste.


Davys Sousa
(Caine)

 
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Enviado por Tópico
MagnoRobertoAlmeida
Publicado: 27/06/2007 14:10  Atualizado: 27/06/2007 14:10
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 Re: VOZ DO SILÊNCIO I
Falastes da tristeza com tanta convicção que fica difícil te convercer do contrário.
Gostei do teu poema.
Forte...marcante...incisivo...convicente...
Abraços deste, também, triste poeta.