VOZ DO SILÊNCIO I
Davys Sousa(16/03/05)
Minha alma canta profundamente
Nas profundezas de seu habitar.
Demônios da sombra suscitam em mim
A necessidade a qual me grito, me dispo
Mar de luto, silêncio profundo.
O paraíso e o inferno uniram-se.
Onde se esconde o tesouro no fim do arco-íris?
Onde o mar toca a lua?
Onde se esconde um imortal e esta imortalidade?
As ninfas estão cantando...
Demônios das sombras banham minh' alma.
Caindo em gota de esgotamento
O corte, e vou para os jardins dos mortos.
Os instintos prevalecem, estuprando o inferno
De minha alma.
Desgastado
Bravo sol anuviando-se numa noite fria
E infinda, incapaz de virar o jogo.
Visões de ilusões se quebrando.
As brumas atravessam o paraíso e o fogo
Perecendo-me por uma falácia humana.
A ilusão é como um barco ideal
Perdido, afundando-se entre as linhas do tempo.
Mar de pétalas aveludadas de preto.
As ninfas estão me chamando.
Onde se esconde o tesouro no fim do arco-íris?
Onde está o chifre do unicórnio?
Onde está a bela donzela do lago?
O paraíso nunca tocou minha alma.
Os sonhos estão tão mortos.
Eu não me encontro no meu mundo.
Eu estou trabalhando com o tempo,
O dia e a noite.
Todos os sonhos foram
Todas as prímulas murcharam
O vento sopra para sempre na floresta noturna.
Silêncio notívago.
Mas o que acontece é que sou triste.
Davys Sousa
(Caine)