Vida ao deus-dará
Vida sofrida silenciosamente,
Entre dores compassadas passivas,
Que ao relento deixa-se calmamente,
Um corpo em pranto sem perspectivas.
Ó vida desregrada que possuíste,
A fama de uma vida ardente em chama,
Abandonada ao deus-dará na trama,
De uma alma perdida sozinha e triste.
Abraça-se o tempo abraça-se o vento,
Descansa-se vida por um momento,
Deixe que a vida sofrida viva em paz.
Não chore minha doce alma tristonha,
Não sinta medo de uma dor visonha,
Sinta só alegria que o alvorecer vos trás.
Izaura N. Soares
Izaura N. Soares