Tenho sede de escrever
Tenho sede de amar tudo que está ao redor
Há muito campo a percorrer,
Há muito a ceifar, a amargar.
Tenho sede de contar
Tenho sede de a todos dizer o que sinto
Há bem sei muita vontade de gritar,
Mas sinto uma corda a abafar o meu já "sussurro"...
Tenho sede de viver
Tenho sede de possuir a verdade nas entranhas
Há muito o que desprezar nesse pó que respiro,
Aspirar o polén só me traz rinite ...
Tenho sede de beber
Tenho sede de tocar a doce fonte que passar
Há sei muita seiva a escorrer,
E não se deve exigir gosto quando se tem sede...
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em novembro de 1975.