O ASSASSINATO DO ESQUELETO PARTE II
Como vos dizia, o esqueleto morreu no hospital mas só depois de ter acusado a assassina.
Depois foi levado para a morgue para ser autopsiado no dia seguinte visto o avançado da hora
e os especialistas estavam a trabalhar em corpos vivos, mas nas suas casas e tinham razão.
O cadáver, quero dizer o esqueleto, foi colocado numa maca e lá foi para o Polo Norte do hospital que o tinha acolhido ainda em vida.
Dois empregados acompanharam o individuo.
-Eh... não sentiste mexer?
-Mas mexer o quê?
-Ele... o esqueleto morto!...
-Tu estás parvo. Já viste um esqueleto morto, se mexer?
-Não, não vi, mas que senti, lá isso senti!
Para se convencerem que esqueleto não se podia mexer, destaparam-no e em boa verdade ele lá estava na mesma posição sempre mostrando a dentuça como se estivesse a rir.
-Estás a ver? Está aqui quietinho com a faca de cortador entre as costeletas.
E lá se foram. Chegados à morgue, depuseram o corpo do esqueleto em cima de uma cama em pedra fria para conservar o esqueleto em boas condições.
Na escuridão da noite, ainda houve um grupo de asticots que se aventuraram a o ir visitar, estavam com fome, eram asticots pobres, sem abrigo fixo.
Pé ante pé, aproximaram-se do esqueleto com o chefe do grupo em cabeça.
-Não temos sorte nenhuma!
-Então porquê? Chefe!...
-Vamos embora, não há nada para meter entre os dentes, este já por cá passou. e um um grupo nosso rival fez a festa!
9 horas da manhã. As portas do bloco mortuário abriram-se e....estupefacção!,,,, de esqueleto nem sombra, tinha desaparecido
-Isto deve de ter havido por aqui brincadeira, alguém o levou, disse o especialista que pertencia à célula dos EXPERTS BRAGA, vou já tirar as orelhas a esses senhores.
O esqueleto, que mesmo continuando com o facalhão entre as costeletas, conseguiu voltar à vida durante a noite, escondeu-se e quando viu a porta aberta, cuspiu nas mãos, quero dizer nos ossos das mãos, fez um manguito e deu o salto da morgue.
A noite estava fria e ele tremia de tal maneira que até parecia um grupo de fandango espanhol a tocar castanholas.
Agora, minha menina, não quiseste dançar o Rock comigo, e deste-me com a faca, agora, campeã, tenta bater o recorde do mundo dos 10000, porque vais saber quem é o Sem Pele Nem Carne!
E lá foi tremendo, tremendo, até encontrar abrigo para atacar a campeã desde que a encontrasse.
-Vais pagar, ah isso vais!
A. da fonseca