Tenho olhos e vejo
o mundo girar e mudar,
dentro de mim o desejo
de limpar todo o chorar.
Tenho um olhar imundo
sobre toda esta terra,
e poeira no olho lá no fundo,
por toda esta guerra.
Vejo uma criança
desnuda faminta,
vive apenas em sua crença,
e que ao passar me finta.
Mas se em nós,
um Deus crê existir,
porque será que não temos voz
nem para mais uma vez sorrir.