Assim para sempre seria
Seria sempre sereia
Meio mar, meio minha
Seria meu chôro na areia
Pegadas para onda apagar
Ventos que trazem promessas
Flores para Iemanjá
E eu vou me afogando
Carranca de nau em proa
Rei posto
Apóstulo
Apôsto
Embuste
Ao longe insiste um farol
Que tarda não mais está
Recolho as velas
Crédulo
Nau sem rumo
Mar em brumas
Mas toda vez tem você
Para me trazer à tona
Assim para sempre seremos
Agora para sempre serenos
Quando você vira peixe, eu viro pedra
Quando você vem, eu viro beijo
Quando o mar secar
Seremos sal
Todas as minhas obras são
registradas na Biblioteca Nacional
e protegidas pela Lei 9610 de 19/02/1998