Prosas Poéticas : 

Casa de Rumaná

 
Uma mansão apenas com o aroma da Amazônia,
erguida sem paredes, portas, janelas, grades e muros,
onde o ar corra livremente entre os troncos, que seguram com seus galhos
o fantástico teto; onde o chão cheira à esperança.
Uma imensa casa que nunca envelhece e está sempre renovada.
O piso de terra cheira à vida, ele se esconde em baixo de flores de inumeráveis tamanhos,
de cor verde e textura variada, que parece ter ganhado ao longo do tempo,
muitas tentam esconder troncos e galho, os quais um dia
fizeram parte de gigantes que nunca morrem.
Porém, perdem seus pedaços para sempre estarem novos.
Sobre o piso verde, pilares grossos que são revestidos totalmente por um manto verde-claro
que simboliza a sua magnitude.
Juntos determinam tamanho da casa que transmite paz em todos os seus cantos.
O teto inalcançável protege tudo em seu interior,
regula a entrada de luz que o abraça.
Suas telhas são compostas por infinitas folhas
que estão distribuídas em galhos que a sustentam harmoniosamente.
É um paraíso feito para abrigar a felicidade,
que como a mansão, dure para sempre renovando-se constantemente,
assim como as árvores que a formam,
para que sempre exista algo novo,
como as folhas que caem de velhas e são substituídas por outras novas novas,
num ciclo interminável.

 
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chotoe
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