Duas montanhas se colocam á minha frente
E com minhas mãos acaricio seus cumes
Lentamente o vulcão se torna mais quente
Acariciando-me com suas lavas escumes
Tirando de seu epicentro o magma incandescido
Provocando terremotos e tremores
Sentindo sentidos que ainda não foram sentidos
Sentimentos de desejos e de amores
É no fremir das mãos que os corpos dançam
Como se estivessem num jardim coberto de magmas
Onde a lava mistura-se ao perfume e aos ardores
De dois corpos que se amam
E o amor ali declamam
De um livro sem palavras
Sandro Kretus
Sandro Kretus