Enviado por | Tópico |
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MarciaNeves | Publicado: 27/10/2009 00:42 Atualizado: 27/10/2009 00:42 |
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Re: Desejo...
Antes de mais, quero dar-te os parabéns por tão quentes e calorosas palavras e a coragem de divulgação.
O Poema erótico ainda é visto como um tabu, infelizmente encontramos alguns virtualmente mas de “poetas desconhecidos”. No entanto o erotismo existe em muitos poemas de consagrados Senhores e Sabedores, de forma camuflada é certo, mas estão presentes. Posso exemplificar com Poema de Florbela Espanca. Após o comentário disponibilizarei um dos meus Ero - Poemas (são ainda poucos os escritos de forma clara). Apenas de Salientar que existe o erotismo existe na paixão, no amor na sedução que muitas vezes é o motivo de nosso escrever e nunca deve ser confundido com pornografia. O Meu Soneto Em atitudes e em ritmos fleumáticos, Erguendo as mãos em gestos recolhidos, Todos os brocados fúlgidos, hieráticos, Em ti andam bailando os meus sentidos... E os meus olhos serenos, enigmáticos, Meninos que na estrada andam perdidos, Dolorosos, tristíssimos, extáticos, São letras de poemas nunca lidos... As magnólias abertas dos meus dedos São mistérios, são filtros, são enredos Que pecados d’amor trazem de rastos... E a minha boca, a rútila manhã, Na Via Láctea, lírica, pagã, A rir desfolha as pétalas dos astros!... (Florbela Espanca) ___________________________________________ Interpretação do Poema Neste soneto encontramos erotismo e o amor embora de forma escondida, sendo este um soneto cheio de sentimento que só quem lê e sente o que lê percebe. Podemos presenciar esses sentimentos nas várias palavras que a mesma dita. Em atitudes e em ritmos fleumáticos, Erguendo as mãos em gestos recolhidos, Todos os brocados fúlgidos, hieráticos, Em ti andam bailando os meus sentidos... , Aqui a poeta fala de suas carícias calmas e lentas que percorrem o corpo de seu amado, e a forma como a mesma olha o seu amor e tudo o que lhe envolve."fúlgidos, hieráticos". O tacto e a visão é presente nesta primeira quadra. E os meus olhos serenos, enigmáticos, Meninos que na estrada andam perdidos, Dolorosos, tristíssimos, extáticos, São letras de poemas nunca lidos... Nesta segunda quadra Florbela fixa-se no que vê e no que sente. “serenos”, “enigmáticos”, “dolorosos”, “tristíssimos”, extáticos”. As magnólias abertas dos meus dedos São mistérios, são filtros, são enredos Que pecados d’amor trazem de rastos... Neste primeiro terceto, a poeta referencia as mãos que já viveram pecados, deixando entre mistérios e de forma escondida sua sensualidade outrora mais relevante em suas escritas que podemos ver no ultimo terceto. E a minha boca, a rútila manhã, Na Via Láctea, lírica, pagã, A rir desfolha as pétalas dos astros!... Rutila = Brilho logo Boca Iluminada Via Lactea = Aqui se refere á boca de seu amado Pétalas dos astros = trocando beijos E minha boca Iluminada Encostada à boca dele A rir desfolhando os Beijos. Saudações Márcia Neves |
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Enviado por | Tópico |
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visitante | Publicado: 27/10/2009 13:22 Atualizado: 27/10/2009 13:22 |
Re: Desejo...
Assim é ate facil... serfeliz.
Gostei bastante desse seu poema. Abraços. |
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Enviado por | Tópico |
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visitante | Publicado: 28/10/2009 12:25 Atualizado: 28/10/2009 12:25 |
Re: Desejo...
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